Como combinado hoje é sábado e eis a segunda parte do conto iniciado semana passada. Apareci pouco por aqui essa semana devido a correria de umas intercorrências pessoais, mas o blog nao foi esquecido nem os amigos que comentam!!!
PARTE II
Marco dirigia apressado irritando-se a cada farol fechado, mas tentava controlar sua irritação tentando desviar seu pensamento e arquitetar um plano para conseguir seu intento, já que sabia que sua missão era única, ele não teria outra oportunidade de conseguir, se falhasse, talvez sua única oportunidade de se livrar da realidade que enfrentava, iria por água abaixo. Ele sabia que a situação que enfrentaria em pouco tempo, seria uma peça chave para o desenrolar de sua carreira, porem se ele não arriscasse, que chances teria? Isso o estimulava a seguir em frente.
Ele olhou para si mesmo e percebeu que para a missão que tinha agora, suas roupas não estavam adequadas, porém voltar para casa só o atrasaria e poderia por tudo a perder. Olhando para o lado viu uma loja de roupas e decidiu parar por ali e comprar algo mais adequado e que desse a ele um ar menos formal, fazendo assim que ele passasse desapercebido entre as pessoas que estariam no lugar que ele deveria ir. Ele entrou pediu a atendente um jeans e uma camiseta, tendo o cuidado de escolher a de preço menor, pois era só para aquela ocasião e ele sabia que não podia dar-se ao luxo de esbanjar demais. A atendente olhava para ele como se enfeitiçada, ele já desconfortável com a situação louco para que ela atendesse, desses as roupas mais ou menos no numero certo e recebesse, mas ela havia decidido mostrar um mostruário de roupas para ele, trazia mais peças, dava opiniões sobre o que lhe cairia melhor, ele tentando manter-se calmo, mas a vontade que tinha era de lhe dizer que pouco importava a roupa que ele vestisse, ele só queria tirar aquele terno, depois de muita insistência ele conseguira escolher algo que satisfizesse seu gosto e calasse a garota, ele pedira para vestir ali mesmo e pagara, saindo com o terno na sacola um tanto quanto apressado.
A paisagem ia mudando conforme ele dirigia apressado, ficando a cada momento mais poluída o bairro comercial de que ele saíra ia ficando para trás dando espaço a casas pequenas, equilibradas sobre barrancos, muitos tijolos a mostra, finalmente ele olhou e viu que havia chegado ao local, encostara o carro, viu um garoto parado que veio perguntar se ele queria que guardasse o carro, ele achou prudente já que se não guardasse ele podia perder a chance de ver seu carro novamente, combinara o preço com o garoto, ligara o alarme e saíra.
O lugar era uma vila simples, casas pobres, não chegava a ser uma favela porem um bairro pobre. O telefonema dizia que alguém o esperaria no bar do Jô, então ele deveria tratar de encontrar o tal bar, olhava a sua volta e vira uma concentração de homens, o que para ele pareceu estranho aquela hora do final de tarde tantos homens pelas ruas, se bem que estava habituado aos tipos, já que eram os mesmos que diariamente eram presos por roubos simples e faziam com que ele passasse horas em delegacias ouvindo historias chatas e sendo chamado de "DOTÔ". Ele caminhava em direção a esses homens para perguntar onde era o bar quando toca seu celular, é Helena reclamando de seu atraso. Ele disse que naquele momento não poderia falar com ela mas que ela por favor pegasse um táxi e fosse para a casa dele que lá ele explicava o que estava havendo, ela irritadíssima decidira bater o pé, ele sabia que naquele momento não poderia perder tempo com os mimos da namorada, acabara desligando o celular para resolver isto posteriormente. Ao chegar no amontoado de homens ele, que sem querer acabara chamando a atenção quando parara no meio do caminho para atender seu celular, percebia que aquilo era o bar que ele procurava mesmo, ele seguindo as orientações que lhe foram passadas disse ao Jô que era o advogado e que gostaria de falar com JC em nome da FADA. O Mal encarado homem assentira com a cabeça chamando um garoto para acompanhar o rapaz ate o lugar em que se encontrava o tal JC.
Ele seguia o garoto tentando arrancar alguma informação, mas o garoto só lhe respondia "HUM HUM". Chegaram a um tipo de travessa, viela ou coisa assim o garoto o mandara esperar, ele via que alguém guardava o lugar e notou que aquele rapaz devia estar armado, sua garganta deu um nó e ele sentia o suor lhe correr na face, porem naquele momento ele não podia sentir- se assim, ele tinha uma missão e deveria cumpri-la, pois assim cairia nas graças da tal "FADA" o que podia ajuda-lo e muito a conseguir seus ideais. O rapaz que guardava o lugar recebera uma chamada no nextel que mandava que liberasse o visitante. Marco seguia em frente ate uma espécie de barraco e o garoto mandara ele entrar, ele entrou e la dentro um rapaz razoavelmente jovem, sentado, cabelos cacheados, olhar simpático, uma barbicha um tanto quanto estranha, vestido com roupas de basquete americanas,e um jeito malandro. O rapaz olhou para ele e disse:
Senta ai irmão o JC já vem falar com vc, e eu já vou indo que tenho que resolver umas tretas.
Virara a parte interna do barraco e dava adeus ao tal JC e saira andando com um gingado típico da periferia . O misterioso homem agora aparecia e cumprimentava Marco. Um homem alto, negro com um andar gingado como o do tal "amigo que momentos antes trocara algumas palavras com o rapaz, aparentemente uns 25 anos, uma barriguinha sobressalente, roupas largas, tênis gritantes, cabelos afro e muitas correntes no pescoço. JC lhe estendera a mão em sinal de cumprimento e começara a falar:
Fico satisfeito que tenhas vindo meu nome é JC e este que estava ai é um irmão de fé aqui da quebrada- Disse JC tentando alguma familiaridade com seu interlocutor, porem ele não podia perder tempo deveria ir direto ao assunto e resolver este "probrema".
Marco sentia-se desconfortável e pretendia acabar com aquilo o quanto antes, ele acabara dizendo ao JC que o que ele queria era os documentos que encontravam- se em seu domínio e que sua cliente estava disposta a pagar um "agrado". JC rira do comentário de Marco e dizia que não era agrado que ele queria e que se o "doto" achava que ele era inocente o suficiente para entregar estes papéis por uma pequena quantia em dinheiro ele podia se retirar, já que este tipo de acordo, já havia sido tentado antes, que ambos sabiam o que ele queria e que ele so aceitara a visita do advogado pois he foi dito que eles conseguiriam um acordo mais justo para ambos.
Marco olhava intrigado para JC e perguntava-se porque ele mantinha tanta raiva pela acionista mais famosa do pais, mais ainda se perguntava o porque de tanta vontade de jogar a reputação da mesma no ralo. Porem ele deveria manter o sigilo como lhe fora especificado. Ele virou-se para JC e perguntou a este exatamente o que ele queria. JC lhe dizia que isto somente a cliente dele poderia dizer, no meio desta conversam o rapaz que guardava a entrada, vinha apressado gritando a JC que sujara para ele sair rápido,. JC pegava uma arma olhara para o advogado e dizia que aquela conversa ficaria para depois mas que lê deveria sair dali pois a coisa tenderia a ficar um tanto quanto perigosa para ambos.
Marco sozinho, naquele lugar estranho, com muitas pessoas mal encaradas que naquele momento todas se dirigiam para algum lugar e ele ali sem ter para onde ir, ele percebe que não da para voltar por de onde veio, portanto a única saída é embrenhar- se adentro daquele lugar ele sai andando em vielas e becos procurando um jeito de sair daquilo, ate que depois de muito andar, reencontra se com o Rapaz que estava no barraco de JC. Marco chama o rapaz para pedir- lhe ajuda, pois ele precisava dar um jeito de sair dali. O advogado já estava assustado e Slim percebera que poderia usar isso em seu favor...
Percebendo q poderia obter algum tipo de lucro, Slim resolve ajudar Marco a sair dali...
(continua na próxima semana)
Obrigado aos que lêem e postam, desculpem o tamanho da postagem
Um excelente final de semana á todos.
